É a unidade da comunicação visual mais básica bem como a representação mínima. Do ponto de vista de Dondis(1991), o “ponto tem grande poder de atração visual sobre o olho, exista ele naturalmente ou tenha sido colocado pelo homem em resposta a um objetivo qualquer”. Nestas imagens vê-se bem como o ponto salta logo à vista atraindo, para si, toda a atenção de quem está a visualizar.
LINHA:
A linha confere uma dose de energia, muito devido à sensação de movimento que fornece, nunca estando numa posição estática, e sim em movimentos diferenciados, alterando a sua direção, de modo a denotar-se uma maior fluidez relacionada com a flexibilidade possível de ser evidenciada na linha. Assim sendo, a linha sobressai quer pela liberdade e abrangência de experimentação que possibilita, quer pela rigidez e precisão que atribui a certas representações visuais. Na arte, a linha é elemento crucial no desenho, graças às diversas formas que assume e o tónico expressivo de emoções e ritmo que acrescenta ao objeto visual. Nestas imagens é bem visível a criação de um padrão e/ou de movimento, através da disposição das linhas.
TEXTURA:
Segundo Dondis (1991), “onde há uma textura real, as qualidades táteis e óticas coexistem, não como tom e cor, que são unificados num valor comparável e uniforme, mas de uma forma única e específica, que permite à mão e ao olho uma sensação individual”. Nestas imagens, a partir da desconstrução de uma realidade total, o espetador consegue perceber uma esécie de padrão construído pela textura. Através da visualização, o mesmo consegue imaginar o tacto daquela superfície.
COR:
Um elemento preponderante, devido à expressividade e emoção que consegue atribuir a um objeto. Cores distintas retratam signficados variados e um alfabetismo próprio subjacente a cada uma delas. Nestas imagens verifica-se a predominância da cor, com a capacidade de tornar uma composição visual mais viva, como o azul claro, ou mais pesada, como o preto, por exemplo.
DIREÇÃO:
Para Dondis (1991), as direções, retratadas nas diversas composições visuais existentes, simbolizam a relação entre o organismo humano e o meio ambiente, remetendo a “referência horizantal-vertical” para a “necessidade de equilíbrio”, a “direção diagonal tem referência direta com a ideia de estabilidade”, sendo o “seu significado ameaçador e quase literalmente perturbador”, e as “ forças direcionais curvas têm significados associados à abrangência, à repetição e à calidez”. Assim, cada uma das forças direcionais confere diferentes significados e intenções ao objeto no qual estão representadas, existindo uma “intenção compositiva” própria. Nesta imagem, consideramos estar bem ilustrada a ideia de movimento que este elemento transmite, ou não estivesse aqui representada uma seta. Nota ainda para o conjunto de pontos que consegue criar uma imagem figurativa no todo (seta).
ESCALA:
A escala estabelece-se tanto através do tamanho relativo das pistas visuais, como das relações das mesmas com o campo ou com o ambiente, estando, no entanto, neste processo, sujeitas a muitas variáveis modificadoras. Aqui está bem ilustrada a escala na diferença de tamanho dos círculos, com uns a "caberem" dentro dos outros.
Referências bibliográficas:
- DONDIS, D. A., A Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
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