Munari (1997), defende que a comunicação visual é “praticamente tudo o que os nossos olhos vêem”.
Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos e o seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a escala, a dimensão e o movimento. São a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas.” (Dondis, 1991)
A música que escolhemos, ao nível da letra, desperta-nos diversas sensações, falando da dicotomia luz/escuridão presente na vida do sujeito da canção, na medida em que se sente perdida na escuridão e, procura a luz que ilumine o caminho na sua vida. Remete para o medo do escuro e para uma luz que, tal como um faról, sempre nos guia.
Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos e o seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a escala, a dimensão e o movimento. São a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas.” (Dondis, 1991)
A música que escolhemos, ao nível da letra, desperta-nos diversas sensações, falando da dicotomia luz/escuridão presente na vida do sujeito da canção, na medida em que se sente perdida na escuridão e, procura a luz que ilumine o caminho na sua vida. Remete para o medo do escuro e para uma luz que, tal como um faról, sempre nos guia.
Juntamente com a letra, a melodia, o ritmo e o vídeo
vislumbram uma combinação de feixes de luz espalhados aleatoriamente, dando uma
perspetiva de profundidade, bem como de movimento e de cor.
Assim sendo, tivemos a preocupação de incluir, nas nossas
composições, cores que simbolizem vários sentimentos: as cores escuras, como o
bordô/castanho escuro, que expressa o lado mais obscuro da canção e a partir do
qual sobressaem as cores vivas, entre as quais o azul ( a cor do espírito e do
pensamento), o amarelo (luminosidade e energia), o branco (equilíbrio e
proteção), vermelho (cor quente, ativa e estimulante, transbordante de força de
vontade, energia física e auto-estima/liderança), o verde limão (um aspeto mais
vivo e ensolarado), o verde claro (contentamento e esperança) e o laranja
(otimismo, movimento, espontaneidade e entusiasmo). Isto tudo conjugado na
nossa composição visual quadrangular.
Ainda na mesma composição, procurámos utilizar diversos
elementos básicos da comunicação visual, nomeadamente o ponto (percetível nas
bolas de luz – atração visual); a linha (visível nos feixes luminosos,
exprimindo uma fluidez emocional e um ritmo próprio); a forma nos mesmos
elementos; a direção, presente nos feixes horizontais e verticais (“necessidade
de equilíbrio”); a cor e a sua expressividade referida anteriormente; as
dimensões de cada elemento quer variam entre si, de modo a a produzir
diferentes sensações perante a realidade; e a ideia de movimento criada pelos
componentes da imagem, recorrendo ao “uso da perspetiva e luz/sombra
intensificadas”, distorcendo a realidade. Tudo isto expressa os diferentes
estados de espírito da cantora, oscilando entre a luminosidade/vivacidade e
melancolia.
Além disso, usámos ainda técnicas de comunicação visual como
a instabilidade para criar a ideia de movimento e de inquietação; a
complexidade, remetendo para a desorganização da vida da cantora; a
espontaneidade, também associada ao movimento e à impulsividade desejada pela
mesma cantora, ilustrada na forma liberta como os componentes se encontram na
compsição; a atividade, igualmente associada ao movimento, presente nos feixes
de luz; o ênfase, atribuído a toda a luz emanada a partir do escuro; a
profundidade, concebida pelos diferentes tamanhos dos focos luminosos,
parecendo uns a maior distância que os outros;
o acaso, expresso pela desorganização intencional dos elementos, na
tentativa de alcançar a liberdade de pensamento.
No que concerne, à composição circular, quisemos dar ênfase
à oposição entre a luminosidade e a obscuridade retratada na música. Deste
modo, a nossa composição consiste num feixe de luz amarela, simbolicamente
representando o iluminar do caminho, dividindo os dois pólos antagónicos referidos
no início do parágrafo.
De um lado, deparamo-nos com o vermelho ou vermelho quente,
representativo da força de vontade e da energia, contrastando com o seu lado
oposto, no qual se salienta o vermelho escuro, símbolo de fraqueza, angústia,
depressão e falta de vontade e auto-estima. Esta analogia enquadra-se
perfeitamente no conteúdo da música analisada, na medida em que a intérprete
procura alcançar o lado iluminado, deixando de parte a “escuridão”.
Quanto aos elementos
básicos da comunicação visual utilizados, nesta precisa composição, recorremos
ao uso do ponto (foco de luz central), o qual remete para o tal “farol”; a
linha, servindo de divisória entre as duas metades; a forma, que permite a
existência do “farol” e da base na qual a imagem se assenta; o tom e a cor,
presentes na dicotomia em questão, opondo-se o claro e o escuro, criando o
significado pretendido na própria imagem; e a textura, imensamente presente na
própria composição.
Já no que diz respeito às técnicas, a mais visível é a
simetria/assimetria, realçando o antagonismo já mencionado; aliada à
justaposição, criando-se a comparação entre as duas metades, denotando-se,
claramente a oposição e as caraterísticas divergentes apresentadas por cada uma
das faces constituintes do todo; simplicidade, patente na uniformidade
transmitida pela forma do todo; também a
unidade, consguida através da junção dos elementos , formando uma totalidade; a
planura, de modo a focar no que é mais relevante na imagem, pois a ausência da
profundidade é usada de modo a não evidenciar um único elemento, mas sim o
todo; e a difusão, manifestada pelos sentimentos distintos fornecidos pelo
calor incandescente da cor vermelha, os quais advêm da simplicidade e
objetividade subjacente à imagem.
Referências bibliográficas:
- DONDIS, D. A., A Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
- Munari, B., Design e Comunicação Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
- http://www.significadocores.com
Referências bibliográficas:
- DONDIS, D. A., A Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
- Munari, B., Design e Comunicação Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
- http://www.significadocores.com
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