segunda-feira, 22 de junho de 2015

Memória Descritiva

A terceira e últma proposta de trabalho inicidiu na infografia. A infografia é
“uma linguagem que reúne elementos visuais e texto para contar histórias” (Ipolito, 2010), suportando-se em informações previamente recolhidas e que servem de matéria em bruto para uma futura disposição de conteúdos através de elementos infográficos.
Neste trabalho específico, pretendia-se elaborar uma infografia de caráter jornalísitica, de modo a poder ser utilizada por uma determinada editoria. Tendo tido como opções de temáticas do trabalho, o empreendorismo no Porto, os conflitos mundiais ou a arte urbana, optamos por trabalhar no tema relativo ao empreendorismo no Porto.
Sabiamos de antemão que o tema não poderia ser demasiado comercial/publicitário, tendo, acima de tudo, que se relacionar com o jornalismo em si. Tendo estes temas sido propostos pelo JPN (Jornalismo Porto Net), era necessário que a forma como abordariamos e fariamos o nosso trabalho recaisse num ponto de vista informativo para o público alvo, não querendo nós sobrecarregar o leitor com informação em demasia e desapropriada nem com informação demasiado comercial, pois “o infográfico jornalístico, além d ser um conjunto de elementos identificáveis, é também uma forma de comunicação jornalística (Quadros, 2005).
As metas deste trabalho consistiram em compreender o conceito de imagem enquanto elemento e linguagem de comunicação visual, identificar os elementos infográficos, compreender o processo de construção de uma infografia e desenvolver a capacidade de interpretar e apresentar visualmente informação.
A infografia eleva a qualidade informativa dos conteúdos noticiosos. Para Raymond Colle (1993)  infografia é uma unidade espacial que se utiliza de uma combinação de códigos icónicos e verbais para dar uma informação ampla e precisa, para a qual um discurso verbal resultaria mais complexo e requereria mais espaço.
No que diz respeito à escolha do tema, do nosso ponto de vista, sempre foi mais apelativo trabalhar-mos num assunto relacionado com empreendorismo na cidade do Porto. De entre as várias opções que pesquisámos e analisámos, decidimos trabalhar acerca dos Tuk´s (Veículo motorizado de três rodas, usado para transporte de passageiros proveniente da Tailândia e adoptado em Portugal).
De seguida, pensou-se na abordagem que seria utilizada em relação a este tema. De salientar a ajuda e opinião dada por Liliana Pinho, editora do JPN, da forma como tornar a infografia mais atrativa para o público consumidor, nomeadamente, ao evidenciar factos relevantes e oportunos que não são do conhecimento da maioria acerca dos Tuk´s. Assim sendo, era crucial a apresentação da informação de forma simples e pertinente.
Após o planeamento, seguiu-se a etapa de de recolha de dados que iriam servir de suporte dos conteúdos a serem apresentados na nossa infografia. Sendo o nosso foco principal a forma como os Tuk´s se implementaram no Porto e os serviços que são oferecidos pela companhia dos Tuk´s (Tuk Tour), analisámos os dados presentes em vários websites relacionados com a empresa Tuk Tour, be como fizemos questionários telefónicos à empresa Tuk Tour e a um número considerável de clientes. A informação demonstra ter uma grande importância neste tipo de trabalhos, já que “a emergência da visualização de grande volumes de dados tornou-se uma necessidade crescente na sociedade e no jornalismo, e com isso, uma forma de extrair e analisar a informação em profundidade” (Rodrigues, 2010), possibilitando que os trabalhos se apresentem o mais completos possíveis, não deixando, apesar disso, de serem claros e diretos, ta como necessita de ser uma infografia.
No que conerne à elaboração técnica do projeto, o título escolhido foi “Os Tuk´s chegaram à Invicta!”. O título remete para o tema da nossa infografia. Nesta infografia pretendemos salientar a chegada dos Tuk’s à cidade do Porto, bem como alguns aspetos relacionados com a mesma, dando realce à oferta existente na cidade para quem queira usufruir deste serviço turístico. No lead da infografia colocámos uma informação genérica, mas importante, que não deixasse de dar conhecimento do tema e daquilo que está contido na restante infografia.
Recorreu-se ao uso dos seguintes elementos infográficos: mapa, timeline, gráfico e texto. O nosso principal objetivo foi de articular os vários elementos com as informações que lhes eram pertencentes, conseguindo informar acerca do tema retratado de uma maneira sólida, concisa e com simpliciddade. Inclusive, a infografia, tal como refere Ipolito (2010) “pode reunir elementos diversos como fotografia, texto, ilustrações, mapas, gráficos ou qualquer outro recurso visual necessário para dar coerência entre todas as suas partes, com o objetivo de transmitir informações variadas sobre um determinado acontecimento, explicar um lugar, uma prática ou objeto”.
O mapa que nós utilizámos pretende dar conta das rotas turísticas existentes na cidade do Porto e à disposição dos clientes. Para tal, procedemos à criação da silhueta da cidade do Porto, com a ajuda do nosso professor, na qual fixámos os pontos-chave onde estão inseridas as rotas. Colocámos, também, uma legenda desses pontos com o nome da respetiva rota, bem como algumas imagens ilustrativas de algumas zonas da cidade do Porto por onde passam estas rotas.
Relatiamente à timeline, inserimos os anos de chegada dos Tuk’s a diversas cidades do país, em comparação com a cidade do Porto. Para cada cidade utilizámos uma imagem de uma paisagem emblemática e identificativa da mesma.
Quanto ao gráfico, pensámos que, como o objetivo é dar a conhecer este conceito de táxi às pessoas, fseria oportuno fazer um ponto de situação em relação à satisfação daqueles que já experimentaram o serviço, para dar um feedback às pessoas da qualidade deste mesmo serviço.
Além disto, também na infografia está bem evidenciada e presente a cor azul devido a diversas razões. Primeiramente, escolhemos usar a cor azul neste trabalho, pois o mesmo incidia na temática dos Tuk´s, mas na cidade do Porto, estando, para nós, o Porto diretamente relacionado com esta cor, sendo isso evidente nas várias campanhas publicitárias presentes ao longo da cidade. Em segundo lugar, optámos por usar várias gradiantes da cor azul, com vista a que existisse uma diferenciação no que diz respeito à informação principal e à informação secundária/menos importante presente na infografia.
Nesta infografia, pretendeu-se que houvesse uma interligação entre os diferentes elementos infográficos, de modo a que os mesmos se complementassem entre si. Cada elemento corresponde a um certo conteúdo/informação respeitante à temática por nós abordada (os Tuk´s). No nosso ponto de vista, o principal objetivo com esta infografia era de retratar e explicar, de forma clara e bem compreensível, a evolução, as caraterísticas e as singularidades dos Tuk´s no Porto que os distinguem dos outros meios de trasnporte, inclusive os de turismo. Para isso, optámos por englobar na infografia desde um mapa que explicasse os itinerários e os percursos pertencentes à empresa Tuk Tour no Porto, passando por uma timeline que indicasse os anos em que os Tuk´s se inseriram nas diversas cidades porttuguesas, até à inclusão de um gráfico onde estavam expressas as opiniões e apreciações/avaliações de vários clientes/usuários no que diz respeito ao serviço prestado pela empresa Tuk Tour na cidade do Porto. O intuito de colocarmos estes elementos infográficos com estas determinadas informações deve-se ao facto de pretendermos, de uma forma compreensível e breve, ilustrar ao público alvo as potencialidades e caraterísticas dos Tuk´s, bem como a avaliação que é feita dos mesmos, dando um conhecer um feedback que pode ser importante para as pessoas terem uma perceção da qualidade de serviço que podem ter ao seu dispor.
Em suma, com este trabalho percebemos a importância e a utilidade da infografia no panorama atual do jornalismo, visto que permitem, por vezes, uma melhor e mais rápida compreensão dos conteúdos em relação ao texto.


Referências Bibliográficas:

- Ipolito, Danilo Bueno (2010), Proposta de inclusão da disciplina Infografia no currículo de Jornalismo. Universidade de São Paulo.
- Cairo, Alberto (2011), Periodismo visual: formas y funciones. In: Periodismo con futuro, Jornal El País.
- Ribas, Beatriz, Infografia Multimídia: um modelo narrativo para o webjornalismo in http://www.facom.ufba.br/jol/pdf/2004_5iberoamericano_salvador_infografia.pdf
Machado da Costa, Valéria e  Margarida Rockenbach Tarouco, Liane, Infográfico: características, autoria e uso educacional

Composição Visual - Infografia


domingo, 31 de maio de 2015

Recolha Infográfica

Tal como tinha acontecido nos dois últimos projetos, neste também recorremos á apresentação de uma recolha criteriosa de várias infografias. As mesmas ajudam a que se tenha uma breve ideia dos vários tipos de infografia que existem e a importância que cada uma delas detém na maneira como transmite a informação pretendida. Neste segmento, as recolhas serão divididas entre os vários elementos infográficos: mapa; timeline; gráfico; diagrama e texto.


Mapa:

Os mapas são muito úteis para informar o leitor da localização de um acontecimento.










Timeline:

As timelines são sequências cronológicas que permitem ao leitor acompanhar a evolução de algo em estudo ao longo do tempo.








Gráficos:

Existem diversos tipos de gráficos como os circulares ou os de barras. São mais utilizados em situações em envolvam números, ou seja, avaliações ou comparações de parâmetros que sejam contáveis. Assim é mais fácil para o leitor perceber as proporções na realidade através dos números.








Diagramas e Texto:

Esta última variante de infografia, ao utilizar a imagem, capta, desde logo,a atenção do recetor. A imagem tem muito poder e é o que salta à vista e faz com que as pessoas vejam a restante infografia ou não. A imagem tem, também, um enorme poder informativo, transmitindo diversas informações. Mas, embora estas infografias girem à volta da imagem, existem grandes porções de texto que conferem ao leitor informação pormenorizada acerca do tema e conteúdo da imagem e da total infografia.













O que é uma infografia?


De uma forma muito básica, podemos afirmar que uma infografia consiste numa apresentação visual de conteúdos jornalísticos. Isto permite que sua compreensão seja mais fácil e, também, a leitura não seja tão cansativa ou secante para o leitor. Apesar de terem origem na pré-história, com os primeiros mapas, as infografias como as conhecemos apenas surgiram a partir do século XX, passando pelos desenhos de Da Vinci. O programa Adobe Illustrator, que surgiu em 1995, foi um elemento preponderante na evolução da infografia, ao tornar mais fácil a sua realização.


Aqui está um vídeo sobre como a infografia é importante para captar a atenção do leitor, a sua evolução e como conta histórias:






Proposta de trabalho Nº 3

Cada vez mais perto do culminar do semestre, surge agora a terceira e última proposta de trabalho. O nosso docente solicitou-nos a execução de uma infografia estática, mas não uma qualquer.

Numa medida que trouxe um acréscimo de interesse no projeto, fomos convidados a realizar a infografia com base num de cinco temas propostos pelos editores do JPN. Posto isto, a nossa escolha recaiu no tema do empreendorismo na cidade do Porto, uma vez que para além deste conceito ser muito debatido atualmente, consideramos importantes a criação de novas ideias para dinamizar não só a cidade, mas o país inteiro, a diversos níveis.

Decidimos, então, abordar a chegada ao Porto dos Tuk's, o "táxi" da Tailândia. Um tuk é um veículo elétrico, bastante económico e ecológico, utilizado para transportar pessoas, normalmente, em visitas turísticas, pelos sítios mais importantes da cidade, à semelhança de um táxi, chegando até a sítios onde este não chega devido às suas grandes dimensões.


Deste modo, esperamos conseguir realizar uma composição visual com grande qualidade estética, bem como com elevada qualidade técnica e informativa.



sexta-feira, 24 de abril de 2015

Memória Descritiva

Atualmente, a tipografia está presente um pouco por toda a parte, sendo um elemento visual que carrega consigo um enorme caráter simbólico. Em casa ou na rua, podemos encontrar diversos tipos que nos remetem para características diferentes. As próprias marcas que pretendam vender um produto diferem o tipo de letra dos seus logótipos para exprimir diferentes características junto do público alvo. Uma marca que atenda a um público mais juvenil, dificilmente optará por um tipo de letra mais clássico, por exemplo.

"Existem várias formas de dizer o que é a tipografia. A maioria das pessoas identificaria a tipografia como um local onde se fazem impressões, nomeadamente de recibos, papéis de carta e envelopes, coisas relacionadas com as papelarias dos ofícios administrativos." (Sandro Lopes)

"De acordo com a definição do Grande Dicionário Houaiss da Língua Portuguesa, tipografia  é o “conjunto de procedimentos artísticos e técnicos que abrangem as diversas etapas da produção gráfica (desde a criação dos caracteres até a impressão e acabamento), espelhados  no sistema de impressão direta com o uso de matriz em relevo"" (Felipe Araújo)

Para Felipe Araújo, "as composições tipográficas têm como objetivo a boa legibilidade e a construção de um visual envolvente, que atraia o leitor e contextualize com o conteúdo e o intuito da publicação".

"A função primordial da tipografia é a comunicação da linguagem verbal. É através do verbo que descrevemos sentimentos, pensamentos e os comunicamos a outros que partilham dos mesmos códigos linguísticos, e a nós próprios. Enquanto esses códigos se mantiverem, o conteúdo escrito será perpetuado. Desta foram, a tipografia assume um papel de "formalizar e imortalizar a memória", e todas as ciências humanas se baseiam nesta premissa." (Sandro Lopes)


Tendo isto em conta, procurámos que a nossa composição visual transmitisse algo através dos próprios tipos.

Efetivamente, este percurso, que à partida já não se avizinhava fácil, acabou mesmo por não o ser, na medida em que apenas à quinta tentativa obtivemos um resultado que fosse ao encontro das nossas expetativas/objetivos no que diz respeito à relação da composição com o texto utilizado.

Inicialmente, utilizámos o Hino Nacional para criar a respetiva bandeira e, desta forma, transmitir valores inerentes à nossa Nação como o orgulho e a determinação. No entanto, a nossa composição tornou-se demasiado figurativa, com as letras e as palavras em si a não realçarem esses mesmos valores que já referimos. Na composição, a cor verde reflete a esperança e o mar, sentimentos inerentes aos valores da pátria; a cor vermelha, representativa da força, coragem e do sangue derramado nas batalhas; a cor amarela, presente na esfera armilar, representa as conquistas do povo português.

Numa segunda tentativa, decidimos utilizar a música “Imagine”, de John Lennon, conhecida mundialmente e associada a um momento que marcou a história dos Estados Unidos da América e do mundo, o 11 de Setembro. Procurámos enfatizar a dicotomia entre o mundo “perfeito”, sem guerra, e aquele que se verificava na altura, presente na letra da canção. Mais uma vez, a nossa composição não estava a ir ao encontro da essência desta proposta de trabalho, pois, apesar de compararmos o “paraíso” com o cenário de guerra, voltavamos a não encontrar aquele sentimento transmitido pela tipografia. Ao centro, está presente uma espécie de balão de pensamento com o texto na íntegra e a palavra “ Imagine” destacada. Isto remete para a imaginação dos dois mundos antagónicos. Na parte superior, um mundo calmo onde predomina a paz, traduzido pelo céu claro com nuvens brancas (cor da paz). Pelo contrário, na parte inferior, o cenário altera-se por completo, predominando a guerra e o sofrimento, com uma alusão ao famoso atentando com o avião a embater nas torres gêmeas. Ao lado, está presente uma imagem figurativa do fogo.

Posto isto, passámos à terceira tentativa, onde quisemos criar um cenário espacial, ao estilo da Guerra das Estrelas, recorrendo, para tal, à canção “Call me a Spaceman”, do DJ holandês Hardwell. Ainda numa fase inicial da realização da composição, percebemos que este trabalho já ia de encontro ao objetivo principal deste desafio mas considerámos que não teríamos material suficiente para prosseguir e alcançar algo que exprimisse a mensagem subjacente ao conteúdo espacial da música. Inserimos o título da canção recorrendo ao tipo de letra “Agency FB”, tentando recriar um feixe de luz. O mesmo sobre um fundo preto, cor normalmente associada ao vácuo pertencente ao espaço.

Na quarta tentativa, optámos por algo diferente ao recriar o logótipo da Liga dos Campeões. No entanto, a juntar-se ao problema da imagem figurativa, que podia ser alcançada com pontos, surgiu-nos outro entrave, sendo este o facto de, na composição, os elementos da mesma se encontrarem muito próximos entre si, tornando-a algo confusa e “pesada” para o leitor. Mais uma vez, não conseguimos chegar ao pretendido pelo docente e por nós próprios. Ainda assim, com esta imagem, tencionávamos apelar à universalidade própria da competição, vísivel no facto de termos utilizado os trinta e dois clubes participantes para construir o logótipo. Utilizámos um tipo de letra distinto para cada clube, de modo a representar as caraterísticas individuais dos mesmos. Colocámos também o hino oficial da competição, escrito em três idiomas diferentes, com o objetivo anteriormente referido.

Por fim, surgiu-nos a ideia de recorrer a um poema de um dos grandes escritores lusos, Fernando Pessoa, e escolhemos o poema “Nevoeiro”, inserido na obra “Mensagem”, do mesmo autor. Do nosso ponto de vista, o texto em si é favorável à criação de um boa composição, já que nos remete para diversos sentimentos e características, bem como uma evolução do estado de espírito do sujeito poético ao longo de todo o poema. Também consideramos o tema interessante por ser tratar de um apelo ao renascer da sombra do nosso país.

O poema remete para uma nação adormecida, na penumbra e que necessita de ser incentivada à mudança. A ideia da penumbra é alcançada através da associação ao nevoeiro, simbolo de indefinição e de sombra.

Na primeira estrofe, o sujeito poético faz referência à situação de Portugal na altura: um país a “entristecer”, sofrendo de uma crise quer a nível político, quer a nível social (“ Nem rei, nem lei, nem paz nem guerra (...) Este fulgor baço da terra”). É notória ainda a existência de um tom melancólico remetendo para a falta de esperança.

Na segunda estrofe, verifica-se a caraterização de um país perdido (“ Ninguém sabe que coisa quer”) , onde há uma crise de valores morais (“ Nem o que é mal nem o que é bem”). No entanto, ainda existe uma réstia de esperança para que Portugal mude (“ (Que ânsia distante perto chora?) “).

No final, o “eu” poético faz um apelo aos seus “irmãos” para Portugal sair do adormecimento e da sombra em que se encontra, rumo a alcançar o “Quinto Império”.
Assim sendo, a nossa composição, com base no poema, consiste na colocação intencional da expressão chave no centro, cercada por um conjunto de palavras pertencentes ao campo semântico do “Nevoeiro” e da decadência, associadas ao país. Como pano de fundo, temos o poema na sua totalidade.

As palavras fortes, graças à forma como estão organizadas, ao seu tipo de letra e à sua cor, exprimem diversos sentimentos inerentes ao texto, tais como: indefinição, melancolia, dispersão e decadência. O gradual desvanecimento do texto enfatiza, por antítese, a crescente falta de ânimo e esperança. Esse desaparecimento pode ser encarado como uma situação irreversível, tal como aponta a queda interminável do conjunto de palavras. O uso de cores escuras como a preta simboliza essa mesma melancolia e também penumbra/obscuridade. Já o tipo de letra utilizado foi o “Chiller”, que demonstra , de igual modo, desorganização e falta de alegria, remetendo para o desespero e desânimo da população, os quais advêm da pouca racionalidade demonstrada pelas mesmas.

No núcleo da composição, surge o apelo que vem contrariar toda aquela aura negativa. Esta expressão, que é extremamente forte, é realçada pelo motivo de ser necessário “ acordar” o povo, já que este é o propósito maioritário da composição poética. Para tal, usámos o tipo de letra “Impact”, pois, tal como o próprio nome indica, esta tipografia causa um elevado impacto no leitor, captando, de imediato, a sua atenção. A cor amarela, neste caso, confere à expressão o papel/função de ser o “ sol” que iluminará Portugal na saída da penumbra, e no caminho para o “Quinto Império”.

Como fundo da nossa composição, encontra-se o poema na íntegra e aqui colocámos o texto com alguma opacidade com objetivo de não desviar a atenção do leitor da questão central do trabalho. Assim o leitor consegue ler todo o poema e contextualizar as palavras destacadas a cor escura.

Tivemos como base uma image preta com uma luz central branca mas, após um aconselhamento do professor, ao qual agradecemos, considerámos melhor retirar a imagem do fundo, de modo a utilizar elementos tipográficos apenas.


Para a execução do trabalho utilizámos o programa Adobe Illustrator CS6.

Em suma, a tipografia é vista como “uma actividade social de comunicação” (Paulo Heitlinger, 2006) e, como tal, pretendemos realizar um trabalho que exprimisse o conteúdo de um poema que, na nossa opinião, aborda um tema de extrema importância e que diz respeito a todos nós, fazendo tamém parte da história da nossa Nação.


Referências Bibliográficas:

Araújo, Felipe, in "http://www.infoescola.com/design-grafico/tipografia/"
https://www.evonline.com.br/simbologia-das-cores/
Lopes, Sandro, in "http://sdr-designer.blogspot.pt/2005/09/tipografia-definio.html"
Heitlinger, Paulo (2006) "Tipografia: Origens, Formas e Uso das Letras", DinaLivro Edições, Portugal

Composição Visual


Experiências anteriores
















Recolha Fotográfica

Atualmente vivemos rodeados de tipografias e podemos encontrar tipos de letra extremamente variados.

Um dos tipos de letra que podemos encontrar é o mais clássico, transmitindo requinte e importância, normalmente com serifa. Não possuindo um estilo muito arrojado, estes exemplos, como o do Holmes Place, optam por uma abordagem mais clássica e imponente, recorrendo à serifa para transmitir importância. Neste tipo de letra destacam-se o Times New Roman e o Georgia, por exemplo, entre outros.


Depois temos a letra modernista já sem serifa e frequentemente ligada à tecnologia. Esta transmite inovação e uma mentalidade algo futurista. Aqui desaparece a serifa com o objetivo de cortar com o ideal clássico e passar a ilustrar modernismo. Um bom exemplo deste tipo de letra é o Helvetica.



Em seguida, a letra que transparece a escrita à mão, ao estilo grafitti. Aqui procura-se atrair um público mais juvenil, recorrendo a um tipo de letra de acordo com esta faixa etária. A arte urbana anda cada vez mais na moda e o jogo FIFA Street faz uso disso na perfeição. Se o jogo trata o futebol na rua, o tipo de letra sugere um grafitti muito provável de encontrar numa parede dessas ruas.
















Outros tipos variados uns mais modernos. Existem fontes mais brutas, como é o caso da  Impact ou artísticas, como a Chiller, que sugere uma pintura renascentista.

As mais artísticas, com tipos de letra mais arrojados, exprimindo dinamismo.




Existem, ainda, tipos de letra mais infantis, como é o caso do Comic Sans Ms, com letras mais arredondadas, mais simples e divertidas, ou ainda a Showcard Gothic.






O estilo rígido, aquele que apela à simplicidade dos caracteres.







A famosa tipografia do videojogo "Grand Theft Auto", sugerindo ação e crime, conteúdos do próprio videojogo.
















Por fim, um exemplo de um tipo de letra também artísco, neste caso servindo para realçar as iniciais do piloto de motociclismo Valentino Rossi.


















Referências Bibliográficas:

- Página da Wikipédia de algumas fontes

segunda-feira, 20 de abril de 2015

Evolução da Tipografia ao longo do tempo



Proposta de trabalho Nº 2

Esta segunda proposta de trabalho consiste na criação de uma tipografia que exprima um ou vários sentimentos através das próprias palavras, pelo modo como estão dispostas e pelo seu tipo de letra.
Para tal efeito, escolhemos utilizar como texto-base um poema de Fernando Pessoa, "Nevoeiro", inserido na obra "Mensagem". Para nós, toda a obra remete para a nossa Nação, pelo que consideramos um tema de extrema relevância. Mais concretamente, o conteúdo desta composição poética assenta num país inserido na penumbra, adormecido e que precisa de ser acordado para voltar ao apogeu. Desta forma, o sujeito poético faz um apelo aos "irmãos", afirmando que "É a hora!" de fazer algo.

NEVOEIRO

Nem rei nem lei, nem paz nem guerra,
Define com perfil e ser
Este fulgor baço da terra
Que é Portugal a entristecer –
Brilho sem luz e sem arder,
Como o que o fogo - fátuo encerra.

Ninguém sabe que coisa quer,
Ninguém conhece que alma tem,
Nem o que é mal nem o que é bem.
(Que ânsia distante perto chora?)
Tudo é incerto e derradeiro.
Tudo é disperso, nada é inteiro.
Ó Portugal, hoje és nevoeiro...

É a hora!

Valete, Frates

quarta-feira, 18 de março de 2015

Memória Descritiva

Munari (1997), defende que a comunicação visual é “praticamente tudo o que os nossos olhos vêem”.

Os elementos visuais constituem a substância básica daquilo que vemos e o seu número é reduzido: o ponto, a linha, a forma, a direção, o tom, a cor, a textura, a escala, a dimensão e o movimento. São a matéria-prima de toda informação visual em termos de opções e combinações seletivas.” (Dondis, 1991)

A música que escolhemos, ao nível da letra, desperta-nos diversas sensações, falando da dicotomia luz/escuridão presente na vida do sujeito da canção, na medida em que se sente perdida na escuridão e, procura a luz que ilumine o caminho na sua vida. Remete para o medo do escuro e para uma luz que, tal como um faról, sempre nos guia.
Juntamente com a letra, a melodia, o ritmo e o vídeo vislumbram uma combinação de feixes de luz espalhados aleatoriamente, dando uma perspetiva de profundidade, bem como de movimento e de cor.

Assim sendo, tivemos a preocupação de incluir, nas nossas composições, cores que simbolizem vários sentimentos: as cores escuras, como o bordô/castanho escuro, que expressa o lado mais obscuro da canção e a partir do qual sobressaem as cores vivas, entre as quais o azul ( a cor do espírito e do pensamento), o amarelo (luminosidade e energia), o branco (equilíbrio e proteção), vermelho (cor quente, ativa e estimulante, transbordante de força de vontade, energia física e auto-estima/liderança), o verde limão (um aspeto mais vivo e ensolarado), o verde claro (contentamento e esperança) e o laranja (otimismo, movimento, espontaneidade e entusiasmo). Isto tudo conjugado na nossa composição visual quadrangular.

Ainda na mesma composição, procurámos utilizar diversos elementos básicos da comunicação visual, nomeadamente o ponto (percetível nas bolas de luz – atração visual); a linha (visível nos feixes luminosos, exprimindo uma fluidez emocional e um ritmo próprio); a forma nos mesmos elementos; a direção, presente nos feixes horizontais e verticais (“necessidade de equilíbrio”); a cor e a sua expressividade referida anteriormente; as dimensões de cada elemento quer variam entre si, de modo a a produzir diferentes sensações perante a realidade; e a ideia de movimento criada pelos componentes da imagem, recorrendo ao “uso da perspetiva e luz/sombra intensificadas”, distorcendo a realidade. Tudo isto expressa os diferentes estados de espírito da cantora, oscilando entre a luminosidade/vivacidade e melancolia.

Além disso, usámos ainda técnicas de comunicação visual como a instabilidade para criar a ideia de movimento e de inquietação; a complexidade, remetendo para a desorganização da vida da cantora; a espontaneidade, também associada ao movimento e à impulsividade desejada pela mesma cantora, ilustrada na forma liberta como os componentes se encontram na compsição; a atividade, igualmente associada ao movimento, presente nos feixes de luz; o ênfase, atribuído a toda a luz emanada a partir do escuro; a profundidade, concebida pelos diferentes tamanhos dos focos luminosos, parecendo uns a maior distância que os outros;  o acaso, expresso pela desorganização intencional dos elementos, na tentativa de alcançar a liberdade de pensamento.

No que concerne, à composição circular, quisemos dar ênfase à oposição entre a luminosidade e a obscuridade retratada na música. Deste modo, a nossa composição consiste num feixe de luz amarela, simbolicamente representando o iluminar do caminho, dividindo os dois pólos antagónicos referidos no início do parágrafo.
De um lado, deparamo-nos com o vermelho ou vermelho quente, representativo da força de vontade e da energia, contrastando com o seu lado oposto, no qual se salienta o vermelho escuro, símbolo de fraqueza, angústia, depressão e falta de vontade e auto-estima. Esta analogia enquadra-se perfeitamente no conteúdo da música analisada, na medida em que a intérprete procura alcançar o lado iluminado, deixando de parte a “escuridão”.

Quanto aos elementos básicos da comunicação visual utilizados, nesta precisa composição, recorremos ao uso do ponto (foco de luz central), o qual remete para o tal “farol”; a linha, servindo de divisória entre as duas metades; a forma, que permite a existência do “farol” e da base na qual a imagem se assenta; o tom e a cor, presentes na dicotomia em questão, opondo-se o claro e o escuro, criando o significado pretendido na própria imagem; e a textura, imensamente presente na própria composição.


Já no que diz respeito às técnicas, a mais visível é a simetria/assimetria, realçando o antagonismo já mencionado; aliada à justaposição, criando-se a comparação entre as duas metades, denotando-se, claramente a oposição e as caraterísticas divergentes apresentadas por cada uma das faces constituintes do todo; simplicidade, patente na uniformidade transmitida pela forma do todo;  também a unidade, consguida através da junção dos elementos , formando uma totalidade; a planura, de modo a focar no que é mais relevante na imagem, pois a ausência da profundidade é usada de modo a não evidenciar um único elemento, mas sim o todo; e a difusão, manifestada pelos sentimentos distintos fornecidos pelo calor incandescente da cor vermelha, os quais advêm da simplicidade e objetividade subjacente à imagem.


Referências bibliográficas:

DONDIS, D. A., A Sintaxe da Linguagem Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1991.
Munari, B., Design e Comunicação Visual. São Paulo: Martins Fontes, 1997.
http://www.significadocores.com

Composições Visuais - Quadrado e Círculo